Em 17 de novembro, celebramos o Dia Mundial da Prematuridade, uma data para refletir sobre os desafios do parto prematuro e sua prevenção.
Muitas pessoas têm dúvidas sobre o que realmente pode ser feito para evitar que o bebê nasça antes da hora. Afinal, quais cuidados são necessários? Quais são apenas mitos? E, mais importante, quais exames são essenciais para ajudar na prevenção?
Vamos desmistificar isso juntos!
Mito ou Verdade: O Parto Prematuro Pode Ser Prevenido com uma Boa Alimentação
Verdade! O tipo de alimentação consumido é muito importante para saúde da mãe e do bebê durante a gestação. Comer bem ajuda a fortalecer o organismo da mãe, aumentando assim sua imunidade, e fornece também nutrientes importantes para o desenvolvimento do bebê. Evitar consumo de álcool e cafeína em excesso, também é essencial. No entanto, a boa alimentação deve ser combinada com outros cuidados para prevenir o parto prematuro de forma efetiva.
Mito ou Verdade: Se Não Houve Histórico Familiar de Parto Prematuro, Não Preciso Me Preocupar
Mito! Embora o histórico familiar de partos prematuros possa aumentar o risco, não é o único fator. Outras condições, como infecções, hipertensão, diabetes gestacional e até o estresse excessivo, também podem contribuir. Por isso, mesmo sem histórico, é essencial manter um acompanhamento médico regular. O pré-natal permite que o médico monitore e identifique precocemente situações que possa indicar risco de parto prematuro.
Mito ou Verdade: Acompanhamento Médico Regular Pode Evitar Partos Prematuros
Verdade! As consultas de pré-natal são fundamentais para monitorar a gestação e identificar sinais de alerta precocemente. Exames como ultrassons e exames laboratorias ajudam a acompanhar o desenvolvimento do bebê e a saúde da mãe. Além disso, sabemos que a realização rotineira do ultrassom transvaginal para a medida e avaliação do colo uterino ajuda na propedêutica médica para prevenção do trabalho de parto prematuro.
Mito ou Verdade: Atividade Física Leve Pode Ser Prejudicial para a Gestante
Mito! Praticar atividades físicas leves, como caminhadas, ioga ou hidroginástica, ajudam a manter a mãe saudável e pode ser benéfico para a gestação, desde que orientado por um médico. Exercícios leves melhoram a circulação, controlam o peso e reduzem o estresse, todos fatores importantes, pois estão associados ao aumento do risco de parto prematuro. Converse com seu médico sobre o melhor tipo de atividade para o seu caso específico.
Mito ou Verdade: Infecções Não Têm Relação com o Parto Prematuro
Mito! Infecções, especialmente as do trato urinário, vaginais, uterinas e odontologicas são causas conhecidas de parto prematuro. Muitas vezes, essas infecções podem ser silenciosas, sem sintomas aparentes. Por isso, exames de rotina para detectar infecções são tão importante. O tratamento adequado pode evitar complicações e reduzir as chances de um parto prematuro.
Mito ou Verdade: Se o Bebê Nascer Prematuro, Basta Ficar em Observação por Alguns Dias
Mito! O tempo que um bebê prematuro fica internado depende da idade gestacional e das condições de saúde ao nascer. Muitos bebês prematuros precisam de cuidados intensivos na UTI Neonatal para garantir que seus órgãos continuem a se desenvolver adequadamente. Por isso, cada caso é único, e o tempo de internação pode variar de algumas semanas a meses.
Mito ou Verdade: O Apoio Familiar Pode Reduzir o Risco de Parto Prematuro
Verdade! Ter uma rede de apoio emocional e familiar faz diferença durante a gravidez. O estresse é um fator que pode contribuir para o parto prematuro, e ter pessoas próximas oferecendo ajuda e compreensão reduz a sobrecarga emocional. Quando necessário, práticas de relaxamento, apoio psicológico e até grupos de gestantes podem ser recomendados para manter o bem-estar mental da mãe.
Conclusão
Prevenir o parto prematuro envolve uma série de cuidados, e muitas vezes o que parece mito é uma verdade importante para uma gravidez saudável. Converse sempre com seu médico sobre seus hábitos, suas dúvidas e qualquer sintoma que surgir. Afinal, uma gestação saudável se constrói com apoio, acompanhamento e conhecimento.
Técnica Responsável: Dra. Samantha Ramos Toledo Pessôa – CRM-SP: 104245 – Ginecologista Obstétrica e Medicina Fetal. Título em GO pela FEBRASGO, Certificado de Atuação em Medicina Fetal pela FEBRASGO.
Fontes:
- Organização Mundial da Saúde (OMS): Diretrizes sobre prevenção de partos prematuros.
- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP): Informações sobre saúde materno-infantil.
- Centers for Disease Control and Prevention (CDC): Recursos sobre fatores de risco e prevenção de prematuridade.
- American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG): Estudos e diretrizes sobre prevenção de partos prematuros.
- PubMed: “Prevention of preterm birth: New strategies and insights